O romance de estreia de Kiera Cass, autora da série A Seleção, revisitado 6 anos depois de sua publicação, foi uma chance que a autora encontrou de incrementar sua história original e finalmente publicá-la numa editora tradicional. No Brasil, a responsável por sua publicação é a editora Seguinte, selo jovem da Companhia das Letras.
A H I S T Ó R I A
O livro trata de uma releitura moderna dos contos mitológicos gregos das sereias. A Água, que por sua vez é uma personagem animada, recruta jovens meninas para servi-la por cem anos. Nunca esposas ou mães, já que seria praticamente impossível ter a fidelidade plena desse grupo de mulheres. A Água quer jovens que dediquem seus corações e suas vidas integralmente a Ela.
A regra é simples. As sereias – que nunca são muitas, é sempre mantido um grupo pequeno de mulheres transformadas para ajudar a mantê-las em segredo – devem usar sua voz para cantar e assim atrair vidas que, encantadas pela canção, se jogam e afogam no mar. A Água insiste que precisa ser alimentada, pois esse é o equilíbrio da vida. Uma vida sacrificada por ela salva mil outras.
As jovens sereias levam uma vida normal, – tirando o fato de que nunca morrem, não ficam doentes, não se machucam, não envelhecem e respiram debaixo d’água – frequentam aulas, vão as festas e viajam. Porém, é importante que nunca se comuniquem usando a fala, ou levariam o mundo todo à morte. Apesar de fazerem o trabalho sujo, não é algo de que elas se orgulhem.
Entretanto, Kahlen, nossa protagonista, que acontece de ser a filha mais especial da Água, conhece alguém e, de repente, se vê apaixonada. A serva que tem uma pena de somente mais vinte anos para cumprir com a Água, coloca tudo a perder quando não consegue mais direcionar seu coração para o lugar certo. Pela primeira vez em seus oitenta anos de servidão e obediência, Kahlen está determinada a seguir seu coração.
C O N S I D E R A Ç Õ E S
Kiera Cass e releituras. Duas coisas que amo na literatura contemporânea. Duas coisas que, por algum motivo, não me convenceram de jeito nenhum dessa vez. O livro é curto e até bem descomplicado de fluir. Mas o romance, entretanto, o principal foco da obra, é mal construído e apelativo. São 323 páginas onde o casal em questão contracena em três apenas cenas e vivem um amor instantâneo. Os dois mal se conhecem, mas compartilham a mesma alma e as mesmas dores. O casal, infelizmente, não me convenceu.
Apesar de serem responsáveis por uma das cenas mais sem noção do livro – entre tantas outras -, a amizade das irmãs sereias foi o que me agradou mais da história e o motivo de ter avaliado o livro com três, e não duas estrelas. Isso e essas duas citações que me chamaram a atenção:
“Os casais eram como sereias: criavam a própria língua, os próprios sinais e os próprios mundos.”
“Não conhecia nenhuma expressão mais forte que ‘alma gêmea’, que desse a entender a sensação de estar tão unido a alguém que é difícil dizer onde termina essa pessoa e onde você começa”.
Até ela completar com “Se essa expressão existisse, pertencia a Akinli e a mim”, o que me fez revirar os olhos.
Bom para “A Sereia” ser um standalone.
Apesar de não ter me contentado com o livro de estreia da autora, continuo sendo aquela leitora que vai ler qualquer livro que Cass publicar. Meu consolo é o lançamento de “A Coroa” em maio, o último livro da série “A Seleção”. 😀
Nao vejo a hora de ler! 😍
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Depois quero saber tudo o que achou! 😀
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A série Seleção não me cativou (acho que sou a única!) e estava em dúvida em relação a esse livro pois fiquei bem curiosa sobre essa desconstrução de A Pequena Sereia mas estava em dúvida sobre ler!
Acho que vou ter as mesmas impressões que você sobre o livro, obrigada pela dica! Hahaha
Beijos
http://www.1livro1filme.com.br
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Oi, Giulia! Bom, se não foi cativada por “A Seleção”, eu não apostaria que “A Sereia” vá encher seus olhos. Mas quem sabe, né? Algumas histórias nos pegam de surpresa. 🙂
Beijinhos.
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Oi, tudo bem? Teu blog é uma coisa tão linda ❤ Esse livro não me chamou muita a atenção (apesar de eu estar louca pra ler alguma coisa relacionada a sereias), deve ser porque eu fiquei meio cansada da Kiera Cass. Eu amo o jeito que ela escreve, tudo flui tão bem, mas o final de The One me deixou bastante desapontada. Nem peguei A Herdeira pra ler (me falaram que a personagem principal é meio chatinha), mas eu queria ler outras coisas dela, espero que ela escreva mais logo.. Beijos, Pâm
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Oi, Pâmela! Tudo bom e você? Poxa, que coisa! Já eu amei o final de “The One” hehe, mas com relação a “A Herdeira” tenho que concordar. A Eadlyn é realmente um personagem arrogante, mas dá pra aturar. Creio que nesse último livro que lança em maio vamos ver a personalidade da personagem evoluir muito, assim espero! 😀 Beijinhos e muito obrigada!
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Tenho um ótimo pressentimento, afinal, um livro da Kiera! hahaha Eu adorei a resenha, além do teu blog ser lindo, um super parabéns! Beijão 😀
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Muito obrigada, Eva! Boas leituras! 🙂
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